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FEITOS E FATOS

Olmair Rillo fala sobre o sentido, sabor e cor da vida

Antes de qualquer coisa, se ame para, depois, permitir que outra pessoa ocupe lugar no seu coração” diz Rillo.

Publicado em 05/05/2024 às 00:01

Olmair Perez Rillo (Foto: Acervo pessoal)

Passando diante do Ginásio Municipal de Esportes Professor Antônio Castilho Braga (o popular “Gigante Azul”) construído na gestão do engenheiro Dr. Edison João Geraissate (1928/2024) que administrou Penápolis de 1964 a 1969 e foi considerado “Filho Ilustre” em dezembro de 2018 encontramos ao seu lado o Grupo Escolar Augusto Pereira de Morais onde muitos “piazitos” como eu eram felizes e não sabiam.

Durante esta breve passagem lembramos ter sido naquele inesquecível estabelecimento de ensino que ouvimos pela vez primeira a expressão: “aqui se faz, aqui se paga, pois a lei do retorno é implacável”.

Ao voltar à casa perguntamos à nossa mãe o significado da frase, dela ouvindo tratar-se de um ditado popular que poderia ser interpretado de diversas maneiras.

Uma delas que decisões tomadas poderiam se mostrar corretas ou equivocadas e mais tarde iriamos lucrar ou pagar pelas consequências das escolhas que fizermos.

Se por um lado pode ser considerada uma zombaria, por outro - continuou explicando - deixa de sê-lo quando utilizada para registrar que se uma pessoa for ofendida ou prejudicada terá o direito de devolver a ofensa sem sentir remorso ou peso na consciência.

Este breve momento de reflexão nos proporcionou estranhas sensações uma vez que ao longo de nossa existência passamos pela triste experiência de ter visto criaturas queridas sofrendo porque mentiram para si mesmas com o propósito de aceitar ou justificar serem vítimas da falta de respeito e, pior do que isto, ignorando quem lhes estendeu a mão.

Esta é mais pura demonstração de que “aqui se faz aqui se paga” porque são forçadas a viver com falsos sorrisos no rosto para não revelar uma grande tristeza interior ou demonstrar que por de traz da aparente tranquilidade existe uma alma pedindo socorro.

Este desencanto não impedirá que continuemos acreditando na grandeza do ser humano, mas demonstra que sempre existirão ocasiões nas quais alguns dos pilares que nos sustentam irão desmoronar, mesmo quando a família ou os amigos mais próximos quiserem impedir.

Basta prestar atenção nas vezes que tentamos subir um degrau, mas acabamos descendo dois e ao tentar encontrar um novo caminho nossas pernas impediram que seguíssemos adiante como se forças ocultas quisessem nos inibir ou atrapalhar.

Encontrar um denominador comum para estabelecer os parâmetros da felicidade não é fácil e se assim fosse depressão provocada pela ausência de amor próprio não seria a doença do século haja vista o impressionante número de pessoas que sorriem por fora, mas vivem chorando por dentro.

Fatalmente aqueles ou aquelas que sem um mínimo de vergonha dignidade ou respeito ao próprio ou procuram levar a vida sem se preocupar com a lei do retorno acabam demonstrando que são a mais absoluta expressão do nada, motivo pelo qual lhes é destinado o último dos sentimentos que é sentir pena de alguém.

Em contra partida devemos apelar para que santos, arcanjos e orixás lhes permitam amar-se antes de amar alguém, pois somente por meio do amor conseguirão burlar a lei do retorno e descobrir que a vida possui sentido, sabor e cor.

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