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DICAS DE SEGURANÇA

Não caia no golpe do 'falso sequestro'. Veja as dicas de Marcelo Muniz

Entenda como agem os criminosos nesse tipo de golpe e saiba como proceder nesta situação de desespero.

Publicado em 02/06/2024 às 00:01
Atualizado em

Marcelo Muniz exerceu a função de delegado de polícia por 33 anos (Foto: Acervo pessoal)

Em continuidade ao propósito de alertar sobre outros golpes praticados por criminosos, hoje vamos tratar do conhecido “Golpe do Falso Sequestro”. Primeiramente, é importante destacar que, geralmente, os autores desse tipo de golpe utilizam ligações telefônicas de forma aleatória, sem mesmo ter qualquer referência da futura vítima.

Ao atender o telefone, a pessoa ouve uma “voz” desesperada, pedindo para que o pai ou a mãe a ajude, pois estaria sequestrada ou dominada em sua casa. Neste momento, ao receber tal ligação, a pessoa está desprevenida e, ao ouvir esse pedido de socorro, acaba sendo profundamente impactada e passa a acreditar que a voz é realmente do seu filho ou filha, ou mesmo de outro parente.

É exatamente nesse momento crítico que os criminosos passam a exigir valores, depósitos bancários ou mesmo a entrega de joias para libertarem o suposto parente. Eles não permitem que a pessoa desligue o telefone, mantendo-a ocupada e sem ter como fazer qualquer contato com outros familiares. Dessa forma, muitos acabam realizando pagamentos e até mesmo empréstimos bancários para atender o pedido de “resgate”. Vale sempre lembrar que não se deve fazer nenhum pagamento que está sendo exigido.

Se você receber um telefonema desse tipo, nunca deve dizer o nome de seu filho ao telefone. Em vez disso, pergunte “qual dos meus filhos está com vocês”. Exija falar com seu filho para considerar qualquer pagamento e procure, de todas as formas, conversar com outros familiares para localizar seus parentes mais próximos.

Tente, por todos os meios possíveis, estabelecer um contato direto para se assegurar de que seu filho ou filha está seguro. Diga à pessoa que precisa de ajuda, pois não sabe lidar com questões bancárias pelo telefone celular. E, de maneira decisiva, procure a polícia imediatamente. Esse tipo de crime não é um simples estelionato; ele pode ser caracterizado como extorsão devido à “grave ameaça” envolvida. Assim, você conseguirá evitar a transferência de valores para esses criminosos que tentam lhe enganar.


Marcelo Muniz é bacharel em Direito e exerceu a função de Delegado de Polícia por 33 anos em diversas cidades

Instagram: @marcelomunizlins


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